terça-feira, 26 de maio de 2009

- Doença de Addison

DOENÇA DE ADDISON
Sinônimos: Insuficiência Adrenal Primária, Insuficiência Supra-Renal.


O que é?
Doença caracterizada pela produção insuficiente dos hormônios da glândula supra-renal ou adrenal (glândula situada acima do rim) que apresenta um quadro clínico bastante característico descrito por um médico inglês chamado Thomas Addison, em 1849, motivo pelo qual leva o seu nome até os dias atuais.

Pode ser provocada por várias causas, sendo as principais a doença auto-imune (adrenalite auto-imune), as doenças infecciosas granulomatosas como a tuberculose e a blastomicose e as doenças neoplásicas. Em pacientes imunodeprimidos, como os portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), pode ser devida a infecções por citomegalovírus e fungos.


Como se desenvolve ou se adquire?
Na doença de causa auto-imune, o organismo desenvolve anticorpos contra a glândula adrenal, principalmente contra suas enzimas, provocando insuficiência da produção dos seus hormônios. Nesta situação ocorrem freqüentemente diversas outras doenças auto-imunes associadas caracterizadas como Insuficiência Poliglandular Tipo 1 e Tipo 2. O tipo 1 ocorre predominantemente na infância e a insuficiência adrenal pode estar associada a hipoparatireoidismo, hipogonadismo hipergonadotrófico, caracterizado por falência ovariana ou testicular, anemia perniciosa (megaloblástica) conseqüente à gastrite atrófica auto-imune, infecção crônica por cândida, hepatite auto-imune e mais raramente calvície. O tipo 2 inclui a tireoidite de Hashimoto (que pode provocar o hipotireoidismo primário); o diabete melito do tipo 1, o vitiligo e o hipogonadismo hipergonadotrófico.

Nas situações em que a insuficiência adrenal é decorrente de doenças infecciosas, o paciente pode apresentar manifestações clínicas características destas doenças, tais como a tuberculose, a blastomicose sul-americana, a histoplasmose, a ciromegalovirose, entre outras.

Raramente a insuficiência adrenal pode ocorrer também em decorrência de metástases bilaterais nas adrenais, em especial de tumores de mama, pulmão e cólon, e do envolvimento por linfomas. Esta alteração só ocorre quando houver a destruição de mais de 90% do tecido adrenal funcionante.


O que se sente?
O quadro clínico se desenvolve lentamente, sendo caracterizado por perda de peso (emagrecimento), perda de apetite (anorexia), fraqueza muscular, fadiga, pressão arterial baixa, tonturas, fome pelo sal, náuseas, vômitos, diarréia, escurecimento de pele em áreas expostas ou não ao sol, principalmente em dobras de pele, cicatrizes, áreas de pressão e mucosas. Ocorrem também sintomas emocionais tais como irritabilidade e depressão. Na medida em que os sintomas e sinais são de lenta instalação e algumas vezes não diagnosticados, muitas vezes os pacientes se apresentam através de graves manifestações agudas desencadeadas por acidentes, infecção ou doenças associadas. Este quadro agudo é denominado de "insuficiência adrenal aguda" ou "crise addissoniana".


Como o médico faz o diagnóstico?
Nos estágios iniciais a doença é de difícil diagnóstico, devendo ser suspeitada em todas as pessoas que apresentam os sintomas e sinais acima descritos. Para estabelecer o diagnóstico o médico necessita de dosagens bioquímicas de sódio, potássio, creatinina e glicose. São necessárias também dosagens de hormônios como o cortisol, aldosterona, ACTH e da Atividade de Renina Plasmática. Em algumas situações o diagnóstico só pode ser estabelecido pelo teste de estímulo do cortisol após a administração de ACTH sintético por via endovenosa (Teste do ACTH). Uma vez confirmado o diagnóstico bioquímico e hormonal, são necessários exames de imagem do tórax, da supra-renal e eventualmente da hipófise. Dependendo da suspeita clínica, são necessários também exames para determinar a causa da doença, incluindo a pesquisa de anticorpos antiadrenal, pesquisa de bacilos da tuberculose, pesquisa de fungos ou reações imunológicas para as diversas infecções associadas. Na situação em que a tomografia computadorizada das adrenais demonstra aumento de volume das glândulas, poderá ser necessário uma punção aspirativa para obtenção de material a ser submetido a exame citopatológico, bacterioscópico e bacteriológico.


Como se trata?
O tratamento consiste na reposição de doses fisiológicas dos hormônios deficientes, que são os glicocorticóides e os mineralocorticóides. Os glicocorticóides podem ser repostos através da administração Via Oral de derivados sintéticos, preferencialmente a prednisona e a cortisona. A deficiência de mineralocorticóides deve ser corrigida pela administração Via Oral de fluorhidrocortisona, além de ser orientada uma ingesta adequada (normal) de sódio (sal).

Todos os pacientes com insuficiência adrenal devem portar cartão de identificação no qual está registrada sua doença e as orientações básicas para o manejo de sua moléstia em caso de urgência.


Como se previne?
A insuficiência adrenal só pode ser evitada pela prevenção das doenças infecciosas que a podem desencadear, não sendo previníveis as de causa auto-imune.

O paciente portador de insuficiência adrenal deve ser orientado no sentido de se prevenir das crises agudas e que podem levá-lo a correr risco de vida se não forem adequadamente diagnosticadas e tratadas.


Fonte:http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?149

- O uso de corticóides


Medicamentos contendo corticóides:


Os remédios contendo corticóides sintéticos (chamados popularmente de “cortisona”), são utilizados no tratamento de diversas doenças alérgicas, como a asma, rinite, alergias na pele e no choque anafilático.

• Via oral: xaropes e comprimidos;
• Para uso injetável;
• Para uso inalado: nebulizações, sprays ou inaladores de pó seco;
• Uso na pele: pomadas e cremes;
• Uso oftálmico –colírios.



CORTICÓIDES POR VIA ORAL

Usados sob forma de comprimidos ou como xaropes estão indicados nas crises de asma, rinite e em outras formas de alergia (urticária, angioedema, etc). O ideal é o uso por poucos dias, a fim de corrigir o problema sem que haja interferência na produção do cortisol pela glândula adrenal, sendo uma medicação valiosa e segura.

Os efeitos colaterais são variáveis de pessoa a pessoa, dependendo da dose e do tempo de uso. Os mais comuns são aumento do apetite e alterações do sistema nervoso: algumas pessoas sentem-se com mais energia, outros se queixam de tristeza, irritabilidade e insônia.No caso da asma, é importante chamar a atenção sobre o medo do corticóide por causa dos efeitos colaterais, mas o retardo no início do uso pode acarretar piora da doença e levar à internação hospitalar (às vezes até em CTI), sendo necessário o uso de doses muito mais altas da cortisona.


Ressalta-se que este medicamento só deve ser feito sob orientação do médico e em hipótese nenhuma por conta própria ou por conselhos de balconistas ou amigos pois o uso abusivo da cortisona pode provocar danos muitas vezes irreparáveis à saúde. Quem nunca ouviu dizer que a cortisona é faca de dois gumes? E é verdade. Mas, cabe ao médico utilizar o “gume certo” e usufruir o benefício do medicamento com o mínimo de efeitos colaterais indesejáveis.



CORTICÓIDES INJETÁVEIS:

Os corticóides podem ser utilizados por via venosa ou intramuscular nas crises agudas de asma e em situações de emergência, como no choque anafilático. Atuam promovendo a diminuição do processo inflamatório e do edema, diminuindo a chegada das células e de fatores chamados mediadores da inflamação.


Entretanto, existem no mercado algumas formas para uso intramuscular e que têm liberação lenta (formas de depósito), permanecendo na circulação por cerca de 20 a 30 dias após uma única aplicação. Esta liberação lenta tende a provocar efeitos colaterais mais graves e intensos e por isso não são recomendadas no tratamento de doenças alérgicas.




Os principais efeitos colaterais dos corticóides sistêmicos – em comprimidos, xaropes ou injetáveis são:
• Aumento de peso com deposição central de gordura (giba de búfalo).
• Tendência a aumentar a pressão arterial.
• Retenção de água (edema).
• Tendência ao aumento do açúcar no sangue (diabetes).
• Aumento da acidez estomacal (azia, gastrite).
• Perda de cálcio ósseo (Tendência à osteoporose).
• Insônia, agitação.
• Aparecimento de cãimbras.
• Acne, surgimento de pêlos na face.


CORTICÓIDES INALADOS




O uso inalado é considerado padrão ouro no tratamento de controle da asma e da rinite alérgica, atuando no processo inflamatório das vias respiratórias e resultando no controle da doença, devendo ser mantido de forma contínua e por tempo prolongado.Resalta-se que os corticóides inalados não são indicados para uso nas crises, mas sim na prevenção e controle da asma.

Apesar de seguros, os corticóides inalados também podem causar efeitos colaterais, mas em geral de forma localizada, como a rouquidão (disfonia) e candidíase oral (“sapinho”). Os efeitos colaterais sistêmicos são raros e de pequena intensidade.

Os corticóides inalados podem ser usados sob forma se nebulização, como “sprays” ou aerossóis (popularmente conhecidos como "bombinhas”) ou ainda em forma de inaladores de pó. É imprescindível lavar a boca após o uso. No caso dos aerossóis ou sprays, recomenda-se também o uso de espaçadores, a fim de reduzir possíveis efeitos colaterais locais.

-Vantagem do uso inalado:
- A medicação atua mais rápido;
- As doses são menores (microgramas);
- Os efeitos colaterais sistêmicos são mínimos;
- Pode-se utilizar por tempo prolongado sem alterar o equilíbrio do eixo hipófise - arenal.


CORTICÓIDES USADOS SOB FORMA DE CREMES E POMADAS

Usados no tratamento de doenças alérgicas da pele como a dermatite atópica e o eczema de contato.





EM RESUMO:

USO ADEQUADO:
• Para tratar crises fortes ou moderadas nas doenças alérgicas.
• Utilização deve ser de preferência por via oral (comprimido ou xarope), em doses adequadas e por período curto (5 a 7dias).
• Utilizar com orientação e supervisão do médico.


USO INADEQUADO:
• Uso por conta própria e sem orientação médica.
• Utilização repetida de injeções de depósito (ação prolongada).
• Evitar corticóides a todo o custo e só usar quando a crise já for muito grave.
• Usar baixas doses por tempo longo ou modificar a prescrição do médico por medo de efeitos colaterais.



Fonte:http://blogdalergia.blogspot.com/2007/06/corticides-faca-de-dois-gumes.html

segunda-feira, 25 de maio de 2009

- O que é a Tireóide?








O que é a Tireóide?
A tireóide é uma glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.
Em relação a outros órgãos do corpo humano, a tireóide é relativamente pequena, mas é uma das maiores glândulas já que pode chegar a até 25 gramas em um adulto. Ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
Quando a tireóide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertiroidismo). Nos dois casos, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são de simples de se diagnosticar.


Fonte: http://www.tireoide.org.br/o-que-e-tireoide/

domingo, 24 de maio de 2009

- Selênio, potente antioxidante contra Tireoidite Crônica


Tratamentos de doenças e problemas relacionados à glândula tireóide têm utilizado o micromineral Selênio, encontrado em alimentos como pão, cereais, pescados, carnes, ovos e castanha do Pará, e atingido grandes resultados.

Com relação a Tireoidite Crônica, cientistas concluíram que uma dose diária de 200 microgramas desse antioxidante, pode proteger e até mesmo retardar essa doença.

- Hipotireoidismo e o Câncer Hepático

Um estudo recente, publicado neste mês de maio, revelou que mulheres com hipotireoidismo podem ter até três vezes mais riscos de desenvolverem câncer de fígado do que aquelas que não tem a doença.

Somada a hepatite B ou C crônica, esse risco pode ser ainda 31,2 vezes maior.

Os hormônios produzidos na tireóide circulam pelo organismo e atuam em todos os orgãos e sistemas, agindo na regulação do metabolismo. Pessoas com hipotireoidismo tem uma deficiência na quantidade de hormônios tireoideanos circulando pelo organismo, o que pode alterar toda a sua função metabólica. Com isso, segundo os pesquisadores, os níveis de colesterol podem ser aumentados, assim também como o acúmulo de gordura no fígado. Consequentemente, doenças relacionadas ao fígado, como a cirrose ou o desenvolvimento de um tumor, também tem seu risco aumentado.

Para entender melhor o procedimento realizado na pesquisa e ler a opnião de alguns especialistas, acesse http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u569887.shtml

- Nutrição funcional pode curar doenças da tireóide


As doenças relacionadas à tireóide tem se tornado cada dia mais comuns, e a alimentação pode ter um papel significativo no aumento desses distúrbios. Para que se diminua os riscos de se obter problemas na tireóide, uma dieta adequada pode ser decisiva. Mas que alimentos fazem bem ou mal? Quais devem ser evitados e quais devem ser consumidos? Essas respostas são relativas e diferentes para cada pessoa. Por isso, o acompanhamento de um nutricionista funcional, que é um profissional que aplica uma dieta personalizada através da análise bioquímica das necessidades e do metabolismo de cada indivíduo, é de extrema importância, já que os alimentos não tem os mesmos efeitos em todo mundo. O que pode ser benéfico para alguns, pode ser maléfico para outros.

Para ler toda a reportagem, acesse http://www.saudelazer.com/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=1319.

sábado, 23 de maio de 2009

- Projeto

Instituto de Ciências Biológicas
Departamento de Biologia Celular
Disciplina: Bioquímica e Biofísica
Alunos: Giselle Silva Garcia

Isabella Duarte
Isabelle Nolasco
Rafaella Dusi
Raquel Scafuto
Curso: Nutrição

Hormônios da Tireóide e corticóides

As atividades metabólicas são influenciadas por hormônios que constantemente são produzidos e transitam no organismo. Sensações como fome e estresse, do mesmo modo, sofrem a ação dos hormônios. A glândula tireóide tem grande destaque na regulação das atividades metabólicas, porque nela são produzidos diversos hormônios. No córtex das adrenais são produzidos os hormônios corticóides, que também funcionam como reguladores do metabolismo. Por isso, é importante o estudo dos hormônios da tireóide e dos corticóides.
A glândula tireóide regula o metabolismo corporal por meio de 8 hormônios diferentes: a diiodotirosina, monoiodotirosina, triiodotironina, iroxina ou tetraiodotironina, globulina ligante de tiroxina (TBG), prealbumina ligante de tiroxina (TBPA), hormônio estimulante da tireóide (TSH), IgG estimulante da tireóide (TSI). Vamos verificar a importância de tais hormônios na regulação da expressão gênica, diferenciação tecidual e desenvolvimento geral, assim como no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. Também abordaremos algumas doenças causadas pela desregulação ou mau funcionamento da tireóide, assim como o uso do iodo radioativo no tratamento das disfunções da glândula.
Quanto aos corticóides, iremos abordar a importância de seu bom funcionamento para o controle eletrolítico e regulação metabólica. Trataremos da doença de Adisson e a síndrome de Cushing, causadas, respectivamente, pelo aumento da produção hormonal e da sua diminuição. Também abordaremos o processo de produção de corticosteróides pelo hipotálamo por meio de diversos estímulos como o ritmo circadiano em situações extremas de estresse e dor, fazendo assim com que elevados níveis de corticosteróides sejam liberados na corrente sanguínea para um efeito inibitório. Como o corticóide aumenta a quebra protéica subindo o nível de glicemia e como faz a gordura acumulada do organismo entrar na corrente sanguínea aumentando, dessa maneira, a disponibilidade de matéria-prima para a produção de energia. O estudo dos corticóides é importante, pois existem corticoterapias que auxiliam no tratamento de algumas patologias como, por exemplo, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Síndrome Nefrótica, Artrite Reumatóide e Asma.
Em suma, discutiremos tanto nos painéis quanto no blog as funções metabólicas e sua interação nos mecanismos bioquímicos corporais, não deixando em segundo plano os processos fisiológicos e patológicos.

- Apresentação do Blog

Olá! Vamos dar início ao Blog de Corticóides e Hormônios da Tireóide dos alunos do 1° semestre de 2009 do curso de Nutrição da Universidade de Brasília. A nossa intenção com a criação desse blog é divulgar de uma maneira rápida e fácil novidades, artigos científicos, curiosidades e explicar mais detalhadamente o metabolismo de corticóides e dos hormônios da tireóide. Para que se entenda melhor o caminho que iremos tomar, disponibilizaremos nosso projeto inicial que foi selecionado pelo professor ministrante do 3° Módulo de Bioquímica e Biofísica, Dr. Marcelo Hermes, e pela monitora desse seminário, Lara Stella, estudante de medicina da UnB.